Sector das Renováveis

Nos últimos anos as alterações climáticas colocaram a questão da obtenção e consumo de energia, como assunto de primordial importância quanto à sua sustentabilidade ambiental.

A União Europeia tem vindo a promover o desenvolvimento das fontes de energia renovável, a diversificação e a segurança das tecnologias de abastecimento, a descentralização da produção, a redução da dependência energética do exterior e a redução de emissões de gases com efeitos de estufa.

Portugal tem acompanhado esta estratégia sendo atualmente considerado um exemplo quanto à produção de energia através de fontes renováveis. Em 2015 as renováveis representavam já 28% do consumo, sendo o compromisso para 2020 de 31%.

O futuro próximo será marcado por uma maior ambição no combate às alterações climáticas.

Perspetiva-se desde logo um aumento da contribuição do setor das renováveis, em particular o solar fotovoltaico, cujos pedidos para instalação de novas centrais autorizados até agosto de 2018, ultrapassam os 1.000 MW de potência.

Existem paralelamente outros desafios relacionados com o setor como seja o reforço da rede, para absorver a potência das novas instalações, a transição e integração em mercado das centrais renováveis variáveis, a extensão de vida e repotenciação das centrais eólicas e a definição do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), para um período de 10 anos, que deve ser apresentado 31 de dezembro de 2019.


DADOS E FACTOS

De assinalar um marco histórico do setor elétrico português que em Maio de 2017,  conseguiu abastecer a rede elétrica do país durante 107 horas consecutivas com recurso apenas a energias renováveis. Mais recentemente, no mês de Março de 2018 durante um periodo de 70 horas, o consumo foi assegurado por fontes renováveis tendo-se seguido um outro com duração de 69 horas. Estes dados são demonstrativos da viabilidade do funcionamento do sistema elétrico com origem em energias renováveis.

A maior utilização dos recursos endógenos e renováveis portugueses para a produção de eletricidade tem alterado a composição do mix de produção de eletricidade em Portugal e tem, consecutivamente, desempenhado um papel cada vez mais determinante na satisfação do consumo.

Por este motivo assistimos a uma diminuição da dependência energética em relação ao exterior, pela redução das importações de fontes primárias de origem fóssil (como o petróleo, o carvão e o gás) e consequente diminuição da emissão de gases de efeito de estufa.

Repartição das Fontes na Produção de Eletricidade em Portugal Continental. janeiro
a setembro de 2018
Fonte: Apren

 

ENQUADRAMENTO

O potencial de energias renováveis em Portugal será suficiente para satisfazer as suas próprias necessidades e também, para futuramente se afirmar como fornecedor energético da Europa. Aliado a esse potencial, existem já no nosso país tecnologias experimentadas e suficientemente amadurecidas para a conversão de energia de origem renovável, com provas dadas quanto aos benefícios decorrentes da sua utilização. O know-how técnico existente no nosso país permitirá também o desenvolvimento de soluções inovadoras e o desenvolvimento do cluster empresarial ligado à energia.

A Eneólica, enquanto interveniente neste sector, quer fazer parte da revolução energética e tecnológica e contribuir para uma nova realidade mais limpa e mais sustentável.